segunda-feira, 4 de maio de 2009

Viver à Escuta

O nosso dia-a-dia está cheio de sons e ruídos, vivemos constantemente rodeados dos barulhos mais diversos: automóveis, todo o tipo de máquinas e aparelhos, os sons da cidade, a televisão ou o rádio sempre ligados, dentro de casa, no escritório, nas lojas e até nos transportes públicos.

Ouvimos constantemente, mas temos pouco espaço para escutar: deixar-nos tocar pelo que está à nossa volta, numa atitude mais activa do que passiva, que exige esforço… e silêncio, esse vazio no qual somos confrontados connosco mesmos, sem artifícios nem fuga possível.


Só no silêncio – que não é apenas ausência de barulho – podemos escutar a nossa interioridade, prestar atenção aos nossos sentimentos e desejos mais profundos (sem rotulá-los facilmente como “bons” ou “maus”) e com eles perceber para onde caminhamos.

António Ary