terça-feira, 2 de junho de 2009

“Maria, Mãe de Deus e Minha Mãe”


PARÓQUIA DA SAGRADA FAMÍLIA
Entroncamento
29 de Abril de 2006
(Na presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima)

“Maria, Mãe de Deus e Minha Mãe”
I – Saudação a Maria
«Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 42 e 43)
Estas palavras traduzem o espanto de Isabel, ao receber em sua casa sua prima Maria que, qual sacrário, trazia escondido em si, o Filho de Deus, o nosso Senhor, que nela ia tomando carne e sangue de gente.
Inspirados pelo mesmo Espírito Santo e sustentados na mesma Fé de que, em Maria, se fez homem o Filho de Deus, podemos fazer nosso, hoje, o mesmo espanto de Isabel e estas suas palavras são as nossas hoje, ao acolher Maria que, como Peregrina, vem ao nosso encontro:
«BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE!»
Ontem como hoje, Maria vem como Peregrina, Peregrina de Deus e Peregrina dos Homens!
Ao longo da Sua vida, percorreu estradas e caminhos, de Nazaré para casa de Isabel, para Belém, para o Egipto, de e para Jerusalém, … do Pretório para o Calvário.
Por outro lado, a peregrinação de Maria é também uma peregrinação no tempo e na História.
Na verdade, Maria é a ponte entre o “Tempo da Promessa” e o tempo do seu cumprimento, entre o Antigo e o Novo Testamento. Ela carrega consigo toda a história do Seu Povo.
Por isso, ao contemplar no seu coração a proposta de Deus que o Anjo Gabriel lhe trazia, Maria tem presentes as palavras dos Profetas, as Alianças de Deus com o seu povo, a Libertação prometida, o anúncio do Messias libertador, cuja chegada animava a sua gente de geração em geração.
Ao pronunciar o seu «Fiat …», começa arealiza-se em Maria a Nova e definitiva Aliança de Deus com os homens que abre um Tempo novo, uma nova Era para toda a Criação.
Mas, a verdade é que a verdadeira Peregrinação de Maria não é a que fez e faz percorrendo estradas e caminhos. A verdadeira Peregrinação de Maria é uma caminhada na Fé, percorrida no mais íntimo de Si própria, no âmago do seu Coração de mulher, na contemplação permanente de Deus!
É aí e deste modo que Maria acolhe as palavras do Anjo Gabriel e se interroga sobre o seu sentido e consequências tendo em atenção o extraordinário da proposta e as suas próprias circunstâncias (uma virgem, já prometida em casamento).
É aí e deste modo que Maria constrói a sua resposta que é uma resposta de Fé, aceitando que se realize em si o que só na Fé se podia compreender e entregando nas mãos de Deus, num acto de confiança total, a resolução de todas as dificuldades, o que, também só pela Fé se podia explicar…
É, pois, do íntimo do Seu coração de mulher e na contemplação de Deus, no seu de Amor e na sua Vontade que vão brotar as palavras da sua resposta: «- Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.»
É também aí e deste modo – no íntimo do Seu coração de mulher e na contemplação de Deus, no seu de Amor e na sua Vontade – que Maria vai viver o seu SIM, momento a momento, ao longo de toda a sua vida, seja pelas estradas da Galileia, da Samaria, da Judeia ou do Egipto, seja nos momentos difíceis e extraordinários que lhe foram dados viver, seja pelos caminhos do mundo e da História, sempre com o Filho, sempre pelo Filho e sempre por causa dos (outros) homens, seus filhos também.
Na verdade, é a Maternidade que marca decisivamente a Vida de Maria e o seu lugar na História da Salvação.
II – MARIA, MÃE DE DEUS …
O mistério de Maria só pode ser compreendido se o iluminarmos com a Luz de Cristo, isto é, o mistério do Filho de Deus feito Homem em Maria, por Amor dos homens.
De facto não podemos dizer “Cristo” sem pensar na sua incarnação em Maria e não poderemos compreender nunca a Misericórdia de Deus pelos homens se da sua realização afastarmos Maria.
O próprio Deus assim o quis e por isso enviou um mensageiro a Nazaré a casa de uma virgem, chamada Maria para lhe perguntar se aceitava conceber em si e gerar como filho o Verbo de Deus, que fazendo-se Homem vinha para se oferecer em sacrifício redentor do Pecado que escravizava os homens.
A resposta de Maria, o seu «faça-se …», não é apenas d’Ela, mas estende-se a todos os homens e mulheres atingidos pelo pecado, de todas as partes e de todos os tempos. O SIM de Maria compromete-A a Ela própria, antes de mais, mas é pronunciado em nosso nome, permitindo, assim, que também nós beneficiemos das suas consequências.
Depois, caberá a cada um de nós, no exercício da sua própria liberdade, fazer ou não fazer seu este SIM, ratificá-lo ou repudiá-lo, repeti-lo ou ignorá-lo.
No Plano de Deus, a adesão livre e voluntária de Maria era necessária e era essencial.
Se na Falta original, os nossos primeiros Pais foram completamente livres na decisão de afastar Deus das suas vidas, era pois necessário que a decisão de aderir ao projecto Deus para a remissão desse pecado fosse também ela livre e envolvesse a plenitude da pessoa.
Porque o Homem é livre, Deus não quer (não pode) salvá-lo contra sua vontade; pelo contrário, Deus quer precisar de nós na Sua Obra da nossa própria Salvação.
A decisão de Maria que faria dela “Mãe de Deus”, abrindo as portas da sua humanidade ao Deus de Misericórdia que se fez, também Ele, Peregrino do Homem, essa decisão decisiva – perdoem-me a ênfase – tinha que ser absolutamente livre, sem qualquer sombra de egoísmo ou partícula de reserva; tinha que ser um, “sim” acolhedor, que seja dito por toda a pessoa, corpo e espírito, sem qualquer restrição (mesmo inconsciente) e que ofereça toda a natureza humana como lugar da incarnação.” (Hans Urs v Balthasar).
Por isso Maria foi preservada do Pecado, imaculada desde o momento da sua concepção.
Como o afirma a declaração dogmática sobre a “concepção imaculada” de Maria, ela era essencial para a incondicionalidade do “SIM”, pois quem tivesse sido de alguma forma tocado pela falta original e suas consequências, não conseguiria uma tal abertura a qualquer disposição divina.
Num acto extraordinário de Fé e no exercício pleno da sua Liberdade, Maria aceita dizendo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.»
Porque Maria aceitou, o Espírito Santo pôde vir sobre ela e a força do Altíssimo pôde estender sobre ela a sua sombra, e, nas palavras do anjo: «… aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus»!!!
Assim, a partir daquele momento, Maria torna-se Mãe de Deus !
Isto mesmo o reconheceu toda a Igreja reunida em Concílio, em Éfeso, no ano 431, proclamando-a “Theotokus”!.
O SIM de Maria, acontecido na pequenez de uma aldeia pobre e insignificante da Galileia, sob ocupação romana, ribombou certamente com grande estrondo no Céu, onde houve grande alegria pois o Homem tinha aceitado receber o seu Criador e participar na obra da sua própria libertação.
Mas o consentimento de Maria, o «Faça-se …», não se esgotou no momento em que foi pronunciado, como a sua maternidade se não esgotou no momento em que gerou o Verbo de Deus no seu seio, mas vai prolongar-se, renovando-se momento a momento, por toda a Sua vida, traduzindo-se na dedicação plena ao Filho e à Sua missão e na aceitação constante da vontade de Deus, mesmo quando os acontecimentos pareciam não fazer qualquer sentido. (Lembremos, só a título de exemplo que a história do nascimento de Jesus que a todos nos encanta e enternece hoje que a vivemos no aconchego das nossas casas, deve ter sido uma grande prova para Nossa Senhora e S. José. De facto, se pararmos para pensar um instante, concordaremos que para uma rapariguinha de cerca de 15 ou 16 anos, ser obrigada a uma viagem grande e difícil no fim do tempo de gestação não seria certamente agradável; que não ter conseguido uma casa onde ficar, um lugar adequado onde o seu filho, o primeiro filho, nascesse, seria certamente muito preocupante e que finalmente uma manjedoura não seria com toda a certeza o lugar onde gostaríamos de deitar os nossos filhos recém-nascidos).
Diz S. Lucas que Maria guardava todas estas coisas no seu coração (Lc 2, 51) e aí certamente as contemplava na luz do Amor de Deus que preenchia todo o seu ser.
Sem nunca ter sido tocada pelo Pecado, Imaculada desde a sua concepção, carregando dentro de si o Filho de Deus, Maria era, na verdade, a “Cheia de Graça” isto é, cheia de Deus, plenamente cheia do AMOR que é Deus.
Nela se cumpria em absoluta perfeição o que S. João descreve:
«Deus é Amor, e quem permanece no Amor permanece em Deus e Deus nele».
A Maternidade de Maria e a filiação de Cristo, sendo profundamente humanas, têm particularidades que as caracterizam.
Uma delas resulta do facto de que toda a humanidade do filho, toda a carne e todo o sangue, toda a carga genética lhe vêem exclusivamente de Maria.
De facto, sem menosprezar o papel importante (e muito mal conhecido) de S. José na Sagrada Família e na educação de Jesus, a verdade é que entre Jesus e Sua Mãe existia uma proximidade natural, uma ligação que era, a todos os respeitos (emocional, psíquico, cultural e da sensibilidade) extraordinária.
Esta ligação existe naturalmente entre todas as Mães e seus filhos. Mas é forçoso reconhecer que mesmo sem levar em conta a natureza divina do filho e a concepção imaculada da Mãe, a ligação entre Maria e seu filho Jesus, seria com toda a certeza, excepcional.
Se nesta relação nos dermos conta da presença da Graça que em plenitude enche Maria e da natureza de Jesus, Ele próprio, fonte de Graça e de Amor, reconheceremos sem dificuldade que entre Mãe e Filho existia, desde o primeiro momento da concepção, uma comunhão íntima, fortíssima, plena que se manifesta numa particular capacidade de entender o outro, de sentir o que o outro sente, de viver no outro e para o outro, sem limites ou restrições.
É pois deste modo que Maria vai acompanhando a vida de Jesus, passo a passo, deleitando-se e surpreendendo-se com o seu crescimento: de bebé a rapazinho e depois até se fazer homem maduro. A partir da sua vida pública, Maria torna-se na sua primeira e mais fiel discípula.
A peregrinação agora é feita acompanhando Jesus, de longe no seu coração de Mãe, ou quando o podia fazer, seguindo-o de perto, ouvindo-o falar, vendo-o confirmar as palavras com o poder do Amor, curando, libertando, revelando a nova Lei do Amor.
Porém, a plenitude da sua entrega a Deus, o ponto mais alto da sua comunhão com o Filho e da adesão à sua missão redentora são vividos por Maria, lado a lado com Cristo, durante as horas da sua Paixão.
Ninguém como Ela podia compreender o que ia no Coração e no pensamento de Cristo. Ninguém como Ela podia sofrer como Ela sofria com o sofrimento de Cristo. Ninguém como Ela podia consolar, como Ela consolava Cristo, mesmo de longe, mesmo quando os seus olhos se não podiam cruzar.
Porque Cristo sofre, Maria que é esta Mãe tão maternal, sofre duplamente: sofre as dores do Filho e sofre as suas próprias por causa do filho.
Mas porque Maria vive em plena sintonia e total identificação com os propósitos da Missão de Jesus, porque Ela está numa profundíssima comunhão com o Filho, Maria perdoa como Jesus perdoa àqueles que o maltratam que o insultam, que o enxovalham, àqueles mesmos que o matam e àqueles por causa de quem Ele morre.
E tal como o Filho, Maria oferece ao Pai todo o seu sofrimento e está totalmente unida ao Filho na dádiva que este faz de si mesmo ao Pai.
Como Abraão ofereceu a Deus, em sacrifício, seu filho único, Isaac, também Maria, no Calvário, unindo-se ao próprio sacrifício de Jesus, oferece o Filho Àquele de quem O recebeu, completando deste modo o «Fiat …» que pronunciara em Nazaré, no momento da Encarnação.
Porém, ao contrário do que aconteceu com Abraão e Isaac, no Calvário o filho não é poupado e o sacrifício foi até ao fim. Aqui, nenhum anjo veio interromper o golpe do cutelo para salvar o filho e nenhum cordeiro surgiu para servir de vítima.
Com a imolação de Cristo Jesus no Calvário completa-se aquela Aliança definitiva de Deus com os Homens que em Nazaré se começara a realizar.
Do Pretório ao Calvário, Maria repete, instante a instante «Faça-se …», esgotando assim, até à última gota do sangue de seu Filho a dádiva da Sua maternidade.
Aos pés da Cruz de Jesus, vivendo o total aniquilamento do Filho, em dádiva de Amor ao Pai, Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus!
III – Mãe dos HOMENS, MINHA MÃE
“Junto à cruz de Jesus estavam Sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas e Maria de Magdala.
Ao ver sua Mãe e o Discípulo que Ele amava, Jesus disse a Sua Mãe:
«- Mulher, eis o teu filho”.
Depois disse ao discípulo:
«- Eis a tua Mãe».
E desde aquela hora, o discípulo acolheu-a em sua casa.»
(Jo 19, 25 – 27)
Quando tudo parecia ter terminado, quando parecia estar cumprida a sua missão de Mãe, estas palavras de Jesus rasgam de novo o seu coração maternal para aí colocar todos aqueles por quem Ele ali se entregava.
Na dádiva suprema de Amor que com atroz sofrimento vivia junto à Cruz do Filho, Maria gera, pela força do Espírito, como filhos seus também, cada homem e cada mulher resgatados naquela hora por Jesus.
Assim como Cristo não morre por uma abstracção a que poderíamos chamar “Humanidade”, mas pelo contrário, oferece-se por cada homem e por cada mulher, com sua cara, personalidade e nome próprio, assim também, Maria, assume a maternidade espiritual de cada homem e de cada mulher concretos, verdadeiros: cada um de nós.
Ora, no exercício desta nova maternidade, Maria que já antes tinha manifestado grande solicitude por aqueles que mais precisavam de ajuda, intercedendo em seu favor junto de Jesus, volta-se agora com todo o seu carinho maternal e com todo o seu poder para estes seus filhos resgatados, tão afastados do caminho certo, procurando a todo o custo que não desperdicem o sacrifício Redentor de Cristo.
Foi esta solicitude maternal que leva Maria a continuar em cada dia a sua Peregrinação, percorrendo a terra, batendo ao Coração dos homens, dos Filhos, pedindo-lhes que vão ao encontro de Cristo, que “façam tudo o que Ele vos disser”.
Foi esta solicitude maternal que trouxe Maria, em Peregrinação a Fátima, em 1917.
Dos pés da Cruz do Filho, onde Cristo continua esperando até ao “Fim dos Tempos” que passe o último homem, Maria, preocupada com os errados caminhos dos homens do século XX, desceu à Cova da Iria a revelar o seu coração de MÃE como caminho seguro para Deus.
Veio dizer que é preciso reparar os pecados, os nossos e os dos outros; que é preciso rezar e fazer sacrifícios porque «vão muitas almas para o Inferno por não haver quem reze e se sacrifique por elas».
Pediu que não ofendamos mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido; pediu ainda para rezarmos o Terço todos os dias. Pediu a consagração daquela Terra em que o Mal se tinha instalado e de onde contaminava o mundo e disse que a Paz dependeria de atendermos ou não os seus pedidos.
Verdadeiramente maternal, é o pedido de reparação do seu Imaculado Coração. Nas palavras fortes dirigidas à Lúcia mas que são, hoje, para todos nós: «- Tu, ao menos, vê de me consolar!», ouvimos o grito de alma de uma Mãe magoada que pede aos seus filhos que a consolem, que lhe dêem carinho, que lhe façam sentir que ainda se lembram dela, que gostam dela, que precisam dela!
Maria pede muito pouco: - que durante cinco primeiros sábados, façam uma confissão e comunhão reparadoras; - que rezem um terço do Rosário e, por fim, lhe façam 15 minutos de companhia, meditando nos mistérios do Rosário.
A quem corresponder a este seu pedido, Maria oferece muito: - Ela promete assistir-lhe na hora da morte com todas as graças necessárias.
Mas não encaremos isto como um negócio. Não é uma troca, nem há um favor ou uma compensação. Trata-se de uma relação de Amor, Mãe/filho e que simultaneamente quer aquilo que é, para ele, o mais importante, a única coisa que verdadeiramente importa, a salvação, a Vida para sempre.
Maria continua a sua peregrinação.
Por isso Ela aqui está hoje no Entroncamento, vinda de Fátima, chegada de junto da cruz de Jesus, para viver connosco, como nossa Mãe, na nossa casa e nos nossos corações, estes dias da “Festa da Família”.
«- Eis a tua Mãe». E desde aquela hora o discípulo acolheu-a em sua casa.» (Jo 19, 27)
Na verdade, nas palavras de Jesus ao Discípulo que estava com Maria junto à Cruz, cada um de nós, homens e mulheres resgatados por Cristo, recebemos Maria como Mãe e assumimos a responsabilidade de a acolher em “nossa casa”!
Sim, Maria dispõe-se a vir para “nossa casa”, isto é, dispõe-se a viver connosco em sentido próprio.
Ela quer, por vontade de Cristo, fazer parte integrante da nossa vida para ser apenas … nossa Mãe; não quer atrapalhar, quer simplesmente ser … nossa Mãe.
Ela quer que não nos afastemos de Jesus, agora, verdadeiramente, nosso irmão para assegurar que, quando a nossa hora chegar, iremos todos para a Casa do nosso Pai.
Não quer atrapalhar, Ela quer fazer de nós uma autêntica Família cristã, quer dizer Família de Cristo: Filhos do mesmo Pai que está no Céu, Filhos da mesma Mãe, nós somos, verdadeiramente irmãos de Jesus.
E porque somos uma Família, Ela, como verdadeira Mãe que é, quer estar connosco, quer juntar-nos à Sua volta para nos falar de Jesus e falar de nós a Jesus, para nos ensinar Jesus e pedir por nós a Jesus, para nos levar a Jesus e trazer Jesus até nós.
As nossas casas, casas de famílias cristãs, tornam-se deste modo novas casas de Nazaré, novos Presépios, onde Maria e Jesus vivem partilhando as nossas vidas; as casas das famílias cristãs tornam-se novos Cenáculos onde o Espírito Santo quer descer para fazer acontecer Igreja viva.
Ajoelhados aos pés de Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, agradecemos-Lhe ter vindo, como Peregrina, bater ao Coração destes Seus filhos e confiamos ao SEU Coração Imaculado as nossas vidas, cada um daqueles que são a nossa família e, de um modo especial, lhe consagramos a Festa da Família que agora começa. Abençoa, ó Mãe aqueles que a prepararam e todos quantos nela vão participar.
Ámen.
Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo, …

António Nuno Corrêa d’Oliveira